• E se Bolsonaro nos colocar em guerra?

    No Blog da Cidadania

    Você já imaginou que este país, além de todos os seus problemas, pudesse se envolver em uma guerra não devido a uma agressão, mas porque o presidente da República tem divergências político-ideológicas com outro país e quisesse atacá-lo? Você já refletiu o que seria – ou será – da sua vida se o Brasil entrasse – ou entrar – em guerra com a Venezuela?

    Os últimos desdobramentos da retórica de Bolsonaro sobre a Venezuela mostram que existe uma chance real – pequena, espera-se, mas fatalmente real – de o Brasil – o meu, o seu, o nosso Brasil – entrar em uma guerra.

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    E se Bolsonaro nos colocar em guerra?


  • EM LONDRES, DILMA É CALOROSAMENTE RECEBIDA PELO LABOUR PARTY

    O Cafezinho

    Por Mariana Noviello

    Dilma Rousseff esteve no Reino Unido na semana passada onde ela participou de um evento acadêmico o Brazil UK Forum, organizado pelos estudantes das prestigiadas universidades de Oxford e LSE, e também conversou com a mídia, mulheres na academia e na política.

    Talvez de maior relevância tenha sido o encontro de Dilma com a alta cúpula do Labour Party (Partido Trabalhista Britânico).

    Parlamentares trabalhistas não só prestaram solidariedade à Presidenta em relação ao impeachment e a Lula, mas também se mostraram preocupados com a democracia no Brasil.

    Emily Thornberry, portavoz do Partido em assuntos internacionais, twitou: “Hoje, tive a honra de me encontrar com Dilma Rousseff, ex-presidenta do Brasil. Discutimos como a democracia em seu país está comprometida”. EM LONDRES, DILMA É CALOROSAMENTE RECEBIDA PELO LABOUR PARTY


  • Promessa de Trump em tornar Brasil membro pleno da Otan esbarra em regimento

    GNN Notícias

    [...] do governo brasileiro, Jair Bolsonaro, de que trabalharia para fazer o Brasil um membro pleno da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), aliança militar liderada por Washington, foi um blefe. Pelo menos é o que indica uma mensagem divulgada nesta sexta-feira (3) pelo professor da Johns Hopkins e consultor sênior do Programa Latino-Americano da Wilson Center, Benjamin Gedan.

    “O Brasil, convidado pelo presidente Trump em março para ingressar na Otan, ‘não tem elegibilidade’, disse sua vice-secretária geral, Rose Gottemoeller, no @CFR_org, citando o Artigo 10, e o nome da OTAN”, publicou via Twitter.

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  • Recomendo leitura

Pedagogia Apropriada à Educação: desafio da esquerda

Este artigo foi uma provocação da Secretaria de Formação Política do PT em Queimados feita ao deputado estadual Waldeck Carneiro, professor da UFF e ex-secretário de educação de Niterói.

É possível estabelecer uma pedagogia que oriente as diretrizes curriculares da cidade e aplica-la efetivamente em sala de aula?

Extraído de fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73302002008100003
Extraído de fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73302002008100003

A escola de Anísio Teixeira e os fundamentos pedagógicos de Paulo Freire foram construídos sob o alicerce de uma sociedade majoritariamente analfabeta. Se em 1920 cerca de 70% da população era completamente analfabeta, em 2000, o índice cai a pouco mais de cerca 12%. Com o passar dos anos aumentou-se substantivamente a oferta de escolarização e hoje se pode afirmar que mais de 90% das crianças estão em sala de aula. O governo popular do Partido dos Trabalhadores foi responsável pelo crescimento exponencial da escolarização no Brasil melhorando estruturas escolares, oferecendo alternativas de transportes, de alimentação e de material didático, e alterou significativamente nas classes mais excluídas da sociedade. O gráfico ao lado revela: se antes só brancos e ricos eram privilegiados em escolarização, com o governo popular as famílias mais pobres puderam escolarizar seus filhos e filhas sem prejuízo das demais camadas sociais.

Esses dados, entretanto, não significam qualidade no processo de ensino-aprendizagem. Melhorou a estrutura escolar com mais

Extraído de fonte: https://ensaiosdegenero.wordpress.com/category/raca-cor-etnia/
Extraído de fonte: https://ensaiosdegenero.wordpress.com/category/raca-cor-etnia/

escolas, mais instrumentos didático-pedagógicos, transporte e alimentação, mas a escola pedagogicamente falando é a mesma de Anísio Teixeira e Paulo Freire. Reproduzimos a pedagogia dos conteúdos. O artigo de Aloísio Milani na Revista Eletrônica Educação [disponível Aqui], em setembro de 2011, escreveu “Alunos são massacrados pelos pais e pela escola por apresentarem péssimos rendimentos em interpretação de textos, por não compreender o que leem, por não gostar de ler.” Isto pode ser verificado nos dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) onde, por exemplo, para o quarto e quinto ano, aqui na cidade Queimados. A meta para alcançar o índice 4.8 não passou de exatos 4 pontos. Diferente de Japeri, cidade vizinha, cujo IDH é bastante inferior ao de Queimados, que tinha meta de 4.2 e superou alcançando 4.3 pontos na Prova Brasil.

Independente desses resultados é flagrante perceber grande dificuldade entre os meninos e meninas de até 16 anos em concatenar ideias, interpretar e construir textos ainda que seja desprezada a questão gramatical de acordo com o pensamento de Sírio Possenti e Marcos Bagno. E por que isto acontece?

O nosso entendimento à luz da ciência da educação, a Pedagogia, falta um elo entre quem ensina e quem aprende. Pedro Demo diz que professor que não pesquisa não tem o que ensinar. Critica a ausência de leitura em sala de aula. Ironiza ao dizer que professor só lê “quando sobra tempo”. Paulo Freire, por exemplo, fala de uma leitura que não depende de texto escrito. Ele fala de uma “leitura de mundo” claramente identificada no curtíssimo décimo primeiro parágrafo de seu texto “A importância do Ato de Ler” ao exprimir: “Na medida, porém, em que me fui tomando íntimo do meu mundo, em que melhor o percebia e o entendia na “leitura” que dele ia fazendo, os meus temores iam diminuindo.”

Imagem capturada da Revista Eletrônica Fórum
Imagem capturada da Revista Eletrônica Fórum

Além disso, nas palavras de Dermeval Saviani, em Pedagogia Histórico-crítica: Primeiras aproximações, ainda está presente entre nós “os mecanismos de adaptação [que] acionados periodicamente a partir dos interesses dominantes podem ser confundidos com os anseios da classe dominada”. Foi então que vimos professores em passeatas contra o governo pedindo intervenção militar no lugar de Paulo Freire.

Machete da revista Fórum, disponível na internet diz: “Professor cria polêmica em protesto contra Paulo Freire: Pedagogia do Oprimido é coitadismo, diz o sub lead. A matéria explicou

“…Entre pedidos de impeachment, intervenção militar, xingamentos e outras formas questionáveis de manifestação, uma faixa em especial chamou a atenção. ‘Chega de doutrinação marxista. Basta de Paulo Freire’ foi a mensagem levada às ruas de Brasília pelo professor de história Eduardo Sallenave, de 27 anos.”

Caímos, portanto, num ponto fundamental a ser debatido exaustivamente. Entre nós professores e professoras expressamos diferentes ideologias e, ainda que pese a imperativa necessidade de conhecimento do alunado carregamos, em quantidade, uma intencionalidade ideológica que afeta sobremaneira a práxis educativa.

O deputado Waldeck Carneiro foi Secretário de Educação do município de Niterói. Remetemos à ele essas questões. Como é que equalizamos este problema respeitando a ideologia de cada um, mas implementando uma pedagogia que produza no alunado um aprendizado que internalizado possa torna-lo cidadão crítico, consciente, e que sirva para a promoção da paz entre as pessoas, lembrando o professor Ubiratan D’Ambrósio?

Na sua experiência na Secretaria de Educação sob uma gestão popular, que trabalha para a emancipação cidadã das pessoas, até onde é possível estabelecer uma pedagogia que oriente a prática educacional a ser adotada numa cidade, permeando as várias ideologias, mas com foco no alunado?

Considerando todas as dificuldades pelas quais os professores e professoras são submetidos como fazer para se tornarem “especialistas no alunado” de acordo com Maria Teresa Egler Mantoan?

São estas as questões ora apresentadas e gostaríamos de ouvi-lo repetindo a pergunta inicial. É possível estabelecer uma pedagogia que oriente as diretrizes curriculares da cidade e aplica-la efetivamente em sala de aula?

Numa perspectiva freireana o caminho é o diálogo, diz Waldeck

Quem esperava uma solução empacotada se decepcionou com o debate, porque o deputado Waldeck Carneiro, como professor que é, apresentou dados e falou de algumas experiências exitosas na cidade de Niterói, mas pontuou que não é possível comparar as duas cidades como parâmetro de ações para resolver os problemas que emergem do processo educacional considerando as realidades singulares de cada cidade. Enquanto Niterói, que já foi capital do Estado da Guanabara, com royalties do Petróleo e com todo trabalho já iniciado nos 8 anos que antecederam à gestão de Rodrigo Neves (atual prefeito de Niterói), Queimados teria que construir o seu próprio caminho “mas se há algo que posso dizer para enfrentar essa questão, numa perspectiva freireana de entender o processo educacional, sem perder o perspectiva dirigente, é a promoção de uma gestão participativa, fazer a educação pelo diálogo”, disse Carneiro.

Tal como os principais pensadores acadêmicos da educação Carneiro lembrou da necessidade de construir um Currículo etnopedagógico. O gestor pode – deve! – apresentar as diretrizes pedagógicos planejando ações a partir do diálogo com toda a comunidade escolar [professores, alunos, pais de alunos e outros colaboradores], estabelecendo metas e um processo avaliativo, mas cada unidade escolar precisa ser protagonista do seu projeto pedagógico. Lembrou que em Itaboraí/RJ, o teto de uma escola desabou por completo, felizmente num domingo. Isto remete ao pensamento de como se cuidam das estruturas escolares. Tornar a escola um espaço com acolhida digna para professores e alunos com salas limpas, bem iluminadas, seguras e com os instrumentos pedagógicos em condições de uso para o processo ensino-aprendizagem.

Carneiro também não esqueceu do grande desafio da esquerda: valorização dos profissionais de educação com salários dignos, formação continuada, reconhecimento. Também lembrou da necessidade de fortalecimento das instâncias que auxiliam a gestão educacional com assessoramento técnico e formação dos conselheiros para atuarem nos diversos conselhos escolares incluindo o Conselho Municipal de Educação. Os gestores (prefeito e secretário) precisam de boa articulação. Trouxe um exemplo que pode ser copiado de Niterói independente das característica de cada cidade em particular. Trata-se de um gabinete de projetos com uma equipe qualificada que traduzia em projetos bem construídos, com boa fundamentação, um orçamento justo, com metas e processos de avaliação definidos. Este gabinete pode atender não apenas a educação, mas a todas as áreas de competência da prefeitura.

O debate contou com a presença do vereador Elton Teixeira e do deputado Zaqueu Teixeira que encerrou os trabalhos.

A Campanha Oportunista Contra o PT

Quer conhecer os covardes viva um momento de fraqueza.

Dilma Rousseff desagradou a esquerda indicando nomes como o de Joaquim Levy para a Fazenda e o de Kátia Abreu para a Agricultura.

O PT, ou parte dele, também se manifestou contrário, ainda que pese todas as explicações de Dilma para suas decisões. O fato é que há no PMDB muita gente e algumas provavelmente mais capacitadas que Kátia Abreu para assumir o Ministério da Agricultura. Até março de 2014 era Antonio Andrade, do mesmo PMDB, e não houve uma só voz na esquerda para falar contra, pelo menos não se tomou conhecimento dessa voz, se existiu.

Levy é ligado ao psdb e à Fernando Henrique Cardoso. Isso foi um golpe baixo em nós petistas convictos porque ficou parecendo que ganhamos, mas perdemos, como disse o mineiro derrotado Aécio Neves.

Isso desagradou a petistas e à oposição, mesmo aquela que se diz de esquerda [mas se alia à direita para combater um governo trabalhista] e então surgem os oportunistas. Luciana Genro, mostrando como pode ser medíocre, achou que podia cooptar petistas para o Psol. Pode até ser que alguns apareçam por lá, mas tal como eles, estes nunca foram petistas de fato.

Eu sou do PT desde 1985. Dentro das minhas limitações políticas ajudei o partido a chegar ao governo federal em 2003 com Luis Inácio Lula da Silva. Foi um governo brilhante do ponto de vista social. Brasileiros saíram da miséria; passaram a ter o que comer pelo menos duas vezes ao dia; muitos deixaram as palafitas e foram morar em casas dignas; foram criados empregos suficientes para atrair inclusive estrangeiros e chegamos ao ponto de eleger sua sucessora Dilma Rousseff.

Dilma nunca foi e jamais se aproximará da capacidade política de Lula. Jamais terá a sensibilidade social que Lula tem e seu governo jamais se aproximará do que foi o governo Lula. Mas se não Dilma quem seria? Olhem o quadro e me digam sinceramente se havia outro candidato na disputa que pudesse governar o Brasil de acordo com nossa visão de mundo.

De xiitas de esquerda à xiitas de direita passando por suspeito de ligação com o tráfico de drogas, como denunciou o policial Lucas Arcanjo [vídeo abaixo]. Dilma era a opção! Não havia outro/a.

Então os oportunistas aparecem porque o momento é delicado. Muita gente não sabe, mas no PT é assim que funciona. Se não estamos satisfeitos temos o DIREITO ESTATUTÁRIO de nos manifestar, inclusive publicamente, contra qualquer decisão de governo em nome do PT.

Vimos algumas manifestações do tipo “to pulando fora”. Mas estes nunca foram petistas de fato. Estavam no PT, mas quem ajudou a construir a nossa história, se está chateado com as decisões da presidenta como eu, vamos nos manifestar contrários, mas não vamos abandonar a história que ajudamos a construir. É simples assim.

Os oportunistas passarão, nós…

O que você precisa saber sobre o Bolsa Família

Toda família que tem renda per capita mensal informada no Cadastro Único inferior a R$ 70, recebe o Benefício Básico, no valor fixo de R$ 70. Além deste, todas famílias com renda mensal de até R$ 140 por pessoa e que tenham em sua composição filhos até 15 anos, recebem o Benefício Variável, no valor de R$ 32 por filho (até o limite de cinco filhos). Aquelas que tem filhos de 16 e 17 anos recebem o Benefício Variável Jovem (BVJ), no valor de R$ 38 por filho (até dois jovens). E ainda há os benefícios para gestantes e nutrizes, no valor de R$ 32 por mês, também (MDS).

Agora digamos que uma família tenha o limite máximo de filhos e tenham direitos a todos os benefícios. Vamos somar?

70 reais fixos + 32 reais por filho x 5 filhos = 160 reais + 38 por filho até 17a x 2 = 76 reais + 32 por ser nutriz ou gestante. Total máximos a ser recebido pela família: 70 + 160 + 76 + 32 = 338 reais.

Observem que a família pode ter 15 filhos, mas só 7, no máximo, terão direito. Então parem de inventar que pobres vão danar a gerar filhos para ganhar bolsa família. 338 reais não alimenta direito 7 pessoas.

O Bolsa Família não é um instrumento de cabresto: é uma política pública. Se o PT deixar de ser governo a política só deixa de existir se o novo governo acabar com ela. Ademais, ela é paga para quem vota no PT ou nos partidos da oposição. Diferente daquelas bolsas oferecidas antes do PT e que eram pagas apenas aos eleitores do partido do governo da ocasião.

É importante ter em mente que desde a Proclamação da República esta foi a primeira política pública que devolveu impostos à população. E todos ganham, não apenas os beneficiários da Bolsa. O padeiro da esquina, o aviário na sua rua, o açougue do seu Manoel, a peixaria do Joaquim, o Mercadinho da Praça e o grande supermercado de sua cidade. Como?

Ora, de acordo com a política o benefício é pago às mulheres que recebem o dinheiro e corre para comprar alimento. Se eles não recebessem tal benefício, o aviário não lhe venderia o frango; o açougue não lhe venderia a carne; o mercado não lhe venderia o arroz… Então os empresários também são beneficiados com o Bolsa Família porque passaram a vender mais.

Além disso tem as questões sociais implicadas como a obrigatoriedade dos meninos e meninas em idade escolar ter que frequentar a escola. Você crítico do Bolsa Família não leva isso em consideração, mas esta obrigatoriedade já permitiu que dobrasse o número de alunos que completam o Ensino Fundamental.

Há muito o que ser dito, mas de nada adianta explicar quando o outro não quer entender.

Imposto de Renda: o que o Jornal Nacional não informou

O jornal nacional de ontem (26/12) veiculou noticiário informando que muitos trabalhadores terão suas rendas melhoradas, o que é verdade, e informou também que muitos deles passarão a pagar Imposto de Renda, o que também é verdade, mas não explicou como isso se dá e deixou a impressão de que todos os trabalhadores que passarem a ganhar mais que R$ 1.710,78/mês passarão a pagar 7,5% (sete e meio por cento) do que recebe, o que não é verdade. Convidaram até um tributarista para falar a respeito e calcular o quanto um indivíduo que este ano ganha R$ 1.710,78/mês passará a ganhar ano que vem se corrigido pela inflação. O tributarista disse que o indivíduo passará a ganhar R$ 1.809,00/mês e é isto mesmo, só que ele não pagará sete e meio por cento desse valor de Imposto de Renda. Eu explico.

Segundo a Receita Federal  o indivíduo que ganha até R$ 1.710,78 estará isento. O que exceder esse valor até o limite de R$ 2.563,91/mês o indivíduo será tributado em sete e meio por cento, ou seja, quem passar a ganhar 1.809,00/mês será tributado sobre a diferença entre aquele valor e este, precisamente R$ 98,22/mês, o que equivale a R$ 7,37/mês. Isto considerando que o indivíduo não tem gastos com saúde, educação, serviços de profissionais liberais como advogados, dentistas etc., e também não tem dependentes (esposa ou cônjuge, filhos, enteados ou pais) porque para cada dependente o indivíduo pode abater R$ 179,71/mês do total que receber. Vamos fazer uma simulação (pode ser feito aqui):

Um indivíduo que vive só e não tem gastos com saúde, educação etc. só pagará IR do que exceder R$ 1710,78/mês.

Um indivíduo com esposa ou cônjuge e não tem gastos com saúde, educação etc. só pagará IR do que exceder R$ 1882,75/mês. Por exemplo, quem ganha R$ 2.100 mensais, descontado a dedução por seu/sua dependente, terá como base de cálculo do imposto o valor de R$ 1.908,23 e pagará 7,5% da diferença entre este valor e o limite de isenção, ou seja, de R$ 217,25 o que equivale a R$ 16,29/mês. Ele vai pagar dezesseis reais e vinte e nove centavos mensais de Imposto de Renda. R$ 16,29 equivale a aproximadamente 0,78% de R$ 2.100.

Se o indivíduo tiver esposa ou cônjuge e um filho e não tem gastos com saúde, educação etc. só pagará imposto do que exceder a R$ 2.054,72 mensais. Se ganhar R$ 2.100 mensais, por exemplo, só pagará 7,5% de R$ 45,28 mensais o que equivale a R$ 3,40 mensais. Um plano de saúde, por mais simples que seja, já o isenta de pagar Imposto de Renda.

Diante disto eu me pergunto: Willian Bonner (é o editor do JN, não é?) não informou corretamente sobre a tributação por ignorância ou por mau caratismo?

Eu concluo por dizer que a Rede Globo não informa corretamente o cidadão e tenta provocar pânico entre nós. Pratica um mau jornalismo e presta um desserviço ao país.

Melhoria das condições financeiras não é sinônimo de qualidade de vida

Boa tarde Dine Estela, Zé Carlos e amigos da Rádio Novos Rumos.

Este feriado do dia do trabalho passado, dia 1º de maio, estive no conjunto recém inaugurado com pompas pelo poder público local, embora tenha sido feito pelo governo federal.

A chuva caía impiedosamente sobre a cidade e pude constatar algumas falhas de engenharia na construção do prédio que visitei. Logo na entrada do bloco seis uma enorme poça de água se acumulava e ameaçava os apartamentos do andar térreo. Observei que há um ligeiro desnível no piso de modo prejudicial aos beneficiados daquele prédio. A escada que os leva aos andares superiores está sem acabamento deixando um aspecto terrível de manutenção da pobreza extrema que ainda insiste existir entre nós.

Mas o que me impressionou de fato foi a quantidade de lixo espalhado pela área externa dos prédios. Me pareceu claramente que o poder público local não estabeleceu uma política de recolhimento do lixo no conjunto Valdariosa mesmo sabendo que a quantidade de pessoas que passariam a habitar ali seria de pelo menos 500 famílias. Ora, sem uma política regular de recolhimento do lixo torna claro que vamos encontrar lixo no local, mas não necessariamente espalhado pelo pátio externo como vimos.

Daí que cheguei a conclusão que o poder público local precisa intervir educacionalmente na comunidade a fim promover uma educação sanitária e assim evitar que possam ocorrer doenças que são direta ou indiretamente motivadas por um ambiente insalubre. As pessoas que foram beneficiadas são pobres e que conviveram muito tempo em ambientes insalubres com a ausência de serviços públicos como o de recolhimento do lixo e, naturalmente, preservam a mesma cultura o que não é aceitável no novo condomínio.

O condomínio, se não é de luxo, pelo menos esperava se oferecer melhor qualidade de vida para as pessoas. Mas só lhes garantir a moradia não basta. É preciso lhes garantir uma educação que de fato lhes proporcionem qualidade de vida. Se antes jogavam lixo em qualquer lugar, ágoras se faz necessário uma reeducação a fim de dar ao lixo um destino adequado. E isso só será possível se o poder público local intervir e promover encontros com as pessoas que já se estabeleceram em seus imóveis com palestras e ações efetivas como a de determinar o recolhimento de lixo do local de maneira regular e sistemática.

E cheguei à conclusão de que a melhoria das condições financeiras não é sinônimo de qualidade de vida. Em fevereiro fui à Nova Iguaçu e vi muitas pessoas comprando muito, o que é bom, mas também vi muitas pessoas já cheias de sacolas jogando o lixo na rua, o que não é bom. Precisamos mudar nosso comportamento, sobretudo nessa questão do descarte do inservível e só um processo educacional é capaz de dar conta disso.

Qual a missão, a visão e os valores do governo municipal?

Comentário para a Rádio Novos Rumos 23/04/2012, 12:25h.

Boa tarde Zé Carlos, Leandro Machado, Felipe, Zé Carlos e amigos da Novos Rumos.

Nesta segunda feira de feriado religioso, vou relembrar os antigos programadores religiosos desta emissora. Quando eu terminava meu programa diário de esportes, o Bola na Rede, entrava no ar o programa evangélico do meu querido pastor Moreira; mas todos os dias já no finalzinho da noite podia-se ouvir o amigo Nilson Henrique e seu programa espírita. Tivemos por aqui também nossa amiga Eurídice Ambrósio com um programa afro-brasileiro e ainda nosso amigo Zé Carlos do momento carismático, um programa católico além do diário amigo Jorge José com o seu relógio que, se atrasa, não adianta.

Zé Carlos, Amigos e amigas, eu fiquei profundamente inquieto com a participação de uma ouvinte na semana passada quando ela reclamou do atendimento recebido numa organização pública de saúde na cidade de Queimados.

Embora não concorde com o desejo dela em ver ali um vereador para oferecer um “favorzinho” e resolver um problema particular, tenho que considerar pertinente a reclamação sobre o atendimento do servidor público ao usuário do serviço de saúde. Eu sou funcionário público do ministério da saúde e sei bem que maioria esmagadora dos meus colegas tem horror ao público desejando distância dele. Isso acontece porque os empregados públicos se acham no direito de exercer uma autoridade que não tem. Existe uma lei que diz que desacatar servidor público é crime e isso tem dado ao homem e à mulher pública uma arrogância que merece uma análise aprofundada.

Mas o poder público tem certa culpa em tudo isso Zé Carlos, porque ao assumir o mandato o homem ou a mulher pública também incorpora um poder sobre humano que imagina ser vitalício. Como consultor de negócios políticos, formado em Pedagogia e especialista em Pedagogia nas Organizações não Escolares dou consultorias com meus colegas da pós-graduação para empresas privadas, mas desejo voltar o meu foco para as empresas públicas porque vejo que este nicho, por não ter o foco voltado para o lucro financeiro, carece de melhorias com foco nos resultados.

Neste fim de semana fiz uma leitura amiúde de Philip Kotler[1] e suas teorias de marketing e cheguei à conclusão de que a linguagem é a mesma a ser aplicada na coisa pública e, tal como uma empresa privada, um governo que deseja ser bem sucedido precisa ter foco: todos os sujeitos, clientes e colaboradores, precisam saber qual é a missão do governo, ou seja, quais os objetivos daquele governo, para onde todos devem olhar e caminhar; qual a visão de cidade que o governo apresenta à sociedade, em parte já apresentada durante a campanha eleitoral, mas que precisa ser esclarecida a fim de que todos os colaboradores do governo, sejam concursados ou nomeados, trabalhem com foco numa visão única de uma cidade para todas as cidadãs e todos os cidadãos.

Somente quando se conhece a missão e a visão do governo é que se pode empreender uma estratégia a fim de alcançá-las. É preciso ter claro que todos os colaboradores devem atuar em conformidade com a missão e a visão do governo ou acontece o fenômeno de ter o chefe do executivo atuando para alcançar tais resultados e cada um de seus colaboradores buscando alcançar seus objetivos pessoais como prioridade e acaba cada um puxando mais forte para si deixando de lado os interesses da sociedade que é, neste caso, a parte mais importante do todo o processo.

Kotler diz que “os empregados são a própria empresa! Constroem ou destroem planos de marketing.” Eu empregaria esta ilação da seguinte maneira Zé Carlos: os colaboradores de um governo, concursados ou nomeados, constroem ou destroem as estratégias para se alcançar os objetivos planejados. A marca de um governo depende essencialmente de seus colaboradores porque, ao fim e ao cabo, a conta cai sempre no colo do chefe do governo. As empresas privadas mais bem sucedidas no mercado focaram suas prioridades nos clientes a ponto de uma empresa estadunidense de sucesso, a L. L. Bean, dizer que “o cliente é nosso visitante mais importante. Ele não depende de nós, nós é que dependemos dele”. Em política poderíamos traduzir assim: o cidadão é a parte mais importante do governo. Ele não depende do governo, mas o governo depende dele.

A regra mais importante num governo deveria ser também um plágio do marketing, ou seja, trate o cidadão como você gostaria que ele o tratasse, e esta deveria ser a regra de todo servidor público. Seria interessante que os governos municipais pudessem realizar um trabalho com todos os seus colaboradores a fim de torná-los um time; uma equipe que trabalha em consonância com o seu líder em busca de resultados para o cumprimento da missão e da visão do governo. Depois que começarem a trabalhar como equipe, deve-se investir em desenvolvimento para transforma-la em equipe alta performance, e de tal modo que o cidadão, mesmo não tendo sido atendido plenamente em suas necessidades, saiam da organização pública elogiando o tratamento recebido.

Quando se investe na educação da organização pública, investe-se na formulação de um design do projeto de governo porque fornece um conjunto de ferramentas e conceitos para atitudes e comportamentos bem sucedidos na oferta de produtos e serviços públicos. Todo governo Zé Carlos, precisa trabalhar para que as ações e serviços já realizados se tornem obsoletos, ultrapassados, porque aposta na inovação, na diferenciação, na relação com o principal sujeito desta historicidade. Aquele que se volta somente para o que já fez nada tem de novo a apresentar e a sociedade já não quer mais do mesmo.

O verdadeiro líder reconhece isto e sabe que a boa gestão é o exercício de escolhas e renúncias. Quando se assume a função maior da cidade precisa definir claramente a visão e a missão de seu governo, estabelecer perfis para as principais funções e não poupar esforços para encontrar a pessoa certa para exercê-la. Quando o chefe do governo age como um chefe, cada colaborador segue os seus passos e agem igualmente como se chefes fossem; mas quando o chefe do governo age como um líder, cada colaborador age como ser humano que é e que reconhece no usuário do serviço público um outro ser humano fragilizado momentaneamente.


[1] KOTLER, Philip. Marketing de A a Z: 80 conceitos que todo profissional precisa saber. 2ª Ed. – tradução de Afonso Celso Cunha Serra – Rio de Janeiro: Campus, 2003.

Educação para o Século XXI

Discutir um programa de governo para a educação é um exercício que demanda uma discussão preliminar sobre o Para que discutir um programa de governo de educação?

Por que começo por assim dizer sobre construir propostas políticas para a educação de uma cidade como Queimados? Porque se trata de analisar criticamente os processos históricos da superestrutura educacional. Construir um programa educacional pressupõe dar passos à direita ou à esquerda e, qualquer que seja a decisão tomada sobre qual sentido seguir, este procedimento se dará diagonalmente para frente, nunca na horizontal ou para trás porque impossível.

Tomar a iniciativa de dar este passo significa: 1) compreender que à esquerda o caminho é de ruptura de um processo histórico do qual Louis Althusser chamou de Aparelho Ideológico de Estado e que reproduz, na escola, a ideologia de uma minoria dominante, e fazer opção pela ruptura porque é também na escola onde se opera a resistência à esta ideologia; 2) compreender que à direita é de manutenção das estruturas que perpetuam a ideologia daquela minoria. Assim, àquele que o faz tem de levar em conta as necessidades exigidas para a obtenção da eficácia esperada. Optar por uma ou por outra direção significa escolher entre manter a escola do jeito que ela foi pensada com as mesmas características do início do Século XX, ou promover uma ruptura dessa ideologia para trazer a escola para o Século XXI; 3) É compreender, como disse M. Pêcheux (Unicamp, 2009), que a “história é um sistema natural-humano em movimento cujo motor é a luta de classes” e que a escola é um dos palcos onde esta luta se manifesta de modo mais operacional porque busca-se inculcar valores de uma classe ou de outra.

Essa luta de classes não se extinguiu com o fim do regime militar, não se extinguiu com a eleição de um metalúrgico e nem se extinguirá com o fim do mandato da presidente Dilma, seja daqui a três anos ou daqui a sete anos. Essa luta se manterá viva e em constante movimento. Podemos perceber isso nos dias atuais com os meios de comunicação. A velha mídia adota uma postura vergonhosa de manipulação da informação, ocultação da verdade ou mesmo invenção de fatos para retomar o controle do poder que detinha até a posse do presidente Lula. Não, eu não estou confuso e nem quero confundi-lo. Digo o que digo porque a velha mídia sempre esteve no poder: foi assim com os militares e com os primeiros governos civis, de José Sarney (com a não posse de Tancredo Neves, em 1985, primeiro governo civil eleito pelo voto dos congressistas) até o último dia mandato de Fernando Henrique Cardoso, em 30 de dezembro de 2002, eleito democraticamente pelo voto direto dos eleitores. Tais governos e barões da mídia se afortunavam em conluio a despeito da necessidade do povo brasileiro.

Até ali, no fim do mandato de Fernando Henrique Cardoso, a escola era majoritariamente a escola da classe dominante embora, como já disse, nessa mesma escola se praticavam a resistência ideológica, e ela não se alterou ao longo do Século XX, ao contrário, ainda hoje se sente os efeitos de uma ideologia excludente dualizando a escola – uma [pública] para os pobres e outra [particular] para os ricos para o ensino fundamental e médio. Na Universidade essa lógica se invertia. As públicas serviam aos ricos e as particulares aos pobres.

O governo federal tem empreendido esforços no sentido de mudar esse quadro e tem tido êxito, mas os efeitos dessa positividade só são perceptíveis nos níveis superiores (universitário e extensões), tanto que as Universidades Públicas já atendem a significativa parcela das camadas mais pobres. Aliás, esse tem sido motivo de homéricos embates entre a velha mídia e o governo federal. O ENEM, Exame Nacional do Ensino Médio, principal ferramenta que possibilita o acesso à Universidade, tem sido duramente combatido por homens e mulheres da imprensa nacional a serviço dos barões das mídias. Nos níveis fundamental e médio os avanços tem sido milimétricos para a escola pública e com um pouco mais de ousadia para a escola particular. Nos Estados da federação e nos municípios brasileiros percebe-se um temor em fazer uma escola pública moderna e revolucionária. Não apenas pelo que isso pode representar ideologicamente, mas, sobretudo, porque os investimentos são altos e isso implica abrir mão das vaidades para aplicar no essencial.

Até mesmo políticos do campo da esquerda evitam tocar em questões fundamentais da estrutura da educação pública. Convivi com a negativa de chamar a comunidade escolar para discutir o FUNDEB (FUNDO DE MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA E DE VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO) porque ali se possibilita muitos desvios sem deixar rastros, e sob a vigilância atenta de educadores, alunos e demais profissionais da escola essa possibilidade diminui drasticamente, isso quando ainda um determinado candidato de um partido de esquerda tinha remotas chances de se eleger.

Mas isto não é tudo! Um programa de governo que opte pela ruptura das estruturas do atual modelo pedagógico é também uma opção que exige qualificação na práxis pedagógica, mas, sobretudo, na gestão de um novo modelo educacional. E porque pessoas qualificadas? Porque este modelo dá trabalho, exige um pensar permanente, demanda saber trabalhar em equipe, saber ouvir e intervir somente quando realmente necessário. Já parou para pensar como se comportam os homens que assumem a coisa pública? Não tenho medo em afirmar que a maioria dos não qualificados se considera basto para tocar os empreendimentos necessários. E por isso vemos muitas cidades empurrar os problemas educacionais [e tantos outros] para o futuro sem resolvê-los.

Administrar a coisa pública é muito mais complexo que administrar a coisa particular. Se nas organizações particulares o administrador tem de se preocupar com os colaboradores (funcionários, fornecedores, clientes e parceiros), o administrador público precisa ampliar esse leque para observar os interesses primeiro do chefe do executivo (prefeito, governador, presidente) para em seguida observar dos partidos políticos, dos mandatos no parlamento e da sociedade supra-ideologizada a fim de encontrar um ponto convergente e tomar as decisões mais acertadas.

Então debruçar sobre os problemas educacionais de uma cidade requer antes de tudo uma escolha ideológica. Qual dos caminhos seguir? O que, de fato, queremos com a educação para os meninos e meninas da cidade onde vivemos? Quem mediará o empreendimento? Queremos colaboradores que contribuam com nossos objetivos ou subalternos que nos façam apenas o que lhe recomendamos? A opção escolhida foi acolhida pelos parceiros políticos? Quando encontrarmos respostas para estas questões poderemos, a partir daí, construir um programa a ser apresentado à sociedade. Fora isto, toda discussão culminará numa colcha de subjetividades impraticáveis.

Mídia quer engrossar fileiras da oposição

Foto extraída do Wikipedia

Já ouvimos dona Judith Brito, presidente da ANJ-Associação Nacional dos Jornais, dizer que “…esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada” e a imprensa está levando isso ao fim e ao cabo.

O DEM, partido que vem mudando sistematicamente sua sigla desde os tempos de Arena, esfarrapado e sem nenhuma credibilidade para falar em ética ou qualquer outra coisa semelhante, e o PSDB de FHC, sem rumo e sem discurso, apoiam-se nas publicações midiáticas para orientar sua política em relação ao Brasil e suas condutas partidárias.

Com a oposição aos farrapos, como afirmou dona Judith, coube às mídias o papel de oposição e tem feito isso com muito entusiasmo e, de certo modo, com muito sucesso. Qual leitura me é possível neste cenário? Ora, um governo que herdou uma popularidade e uma pujança econômica como é o governo da presidenta Dilma, um dos caminhos para torná-la frágil é subtrair de seu bloco os partidos aliados. Assim tem sido feito desde o primeiro dia de governo quando começou a tratar do papel do PMDB no governo e das possibilidades, ora de não ter espaço, ora de ter espaço demais e descaracterizar o poder do PT. Como a investida não deu certo partiram para descobrir os furos possíveis no governo. Se Dilma não os tem, os aliados certamente os terão. Daí que atacando seus aliados; eliminando ministros e obrigando o governo a demiti-los, quando não muito os demitidos se alojam nos catres da oposição.

Mas a estratégia teve que ser novamente alterada porque só atacando os ocupantes dos cargos máximos nos ministérios não deu certo porque os substitutos eram do mesmo partido da base aliada. Daí então surge com força impetuosa um ataque frontal aos partidos que indicam ministros. Orlando Silva (PC do B) foi o primeiro, mas Dilma garantiu que o cargo ficasse com o partido. A mídia acusou o golpe, embora seus militantes insistiram em atacar a imagem do PC do B. O que não permitiu oxigenar o burburinho midiático foi a figura de Aldo Rabelo que, ao que nos parece, tem sido ético nos procedimentos políticos.

A bola-da-vez é o ministro Lupi e o PDT. Não basta ser Lupi, o PDT tem que entrar no jogo sujo midiático para excluí-lo da base de governo. A postura do PDT é que levou os estrategistas [imagino a cena: Reinaldo Azevedo, Arnaldo Jabor, Merval Pereira, Judith Brito, Frias, Mesquita, Ali Kamel etc. com seus capuzes marrons em sala ricamente decorada no Instituto Millenium] para a mesa de análise e planejamento porque, se for provado culpa de Lupi, o PDT estará fora ou não do governo? Ainda que não seja provado absolutamente nada, o fato é que todas as mídias impressa, radiofônica, televisiva e internet estarão empenhadas homogeneamente para levar o governo ao desgaste absoluto que acabe por demitir Lupi, mesmo sem provas. Daí… Daí seria o sucesso absoluto da única real oposição no Brasil, porque, convenhamos, se nada for provado e Lupi for demitido obrigando o PDT a cumprir sua palavra, de deixar o governo se Lupi for demitido sem provas, para onde vai o PDT?

A mídia aposta que num espaço entre a oposição e a carreira solo, de qualquer maneira, seu objetivo terá logrado êxito porque encurtou o governo no Congresso e engrossou a fileira da oposição. Minha leitura é esta: o que a mídia quer é oxigenar a oposição e fragilizar o governo para um golpe fatal.

Como a mídia manipula o povo

Porcalistas da velha mídia continua a manipular informações astutamente. Confira:

O Estado de S. Paulo

Carta de embaixador dos EUA mostra preocupação com corrupção no governo Lula

Documento de diplomata americano foi revelado pelo site WikiLeaks esta semana

Jamil Chade

A diplomacia americana considera que a corrupção durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva era “generalizada e persistente” e atingia todos os Três Poderes. A avaliação foi revelada em uma carta enviada há um ano e meio pelo embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, ao procurador-geral americano, Eric Holder.

Na carta, que servia como uma preparação para a visita de Holder ao Brasil, Shannon fez ainda um raio X da Justiça brasileira, acusando-a de “despreparada” e “disfuncional”. O documento foi revelado esta semana pelo WikiLeaks.

Essa não é a primeira revelação sobre os comentários da diplomacia americana sobre a corrupção no Brasil. Documentos de 2004 e 2005 revelaram a mesma preocupação e mesmo o risco de os escândalos do mensalão acabarem imobilizando o governo.

Mas o que fica claro é que, mesmo no último ano do governo Lula, a percepção americana não havia mudado sobre a presença da corrupção na administração. E o fenômeno não se limitaria aos Três Poderes. Segundo Shannon, as forças de ordem também seriam prejudicadas por “falta de treinamento, rivalidades burocráticas, corrupção em algumas agências e uma força policial muito pequena para cobrir um país com 200 milhões de habitantes”.

Outra constatação da diplomacia americana foi sobre os problemas enfrentados pela Justiça no Brasil. “Apesar de muitos juristas serem de alto nível, o sistema judiciário brasileiro é frequentemente descrito como sendo disfuncional, permeado por jurisdições que se acumulam, falta de treinamento, burocracia e atrasos”, escreveu o embaixador.

Para Shannon, “polícia, procuradores e juízes precisam de treinamento adicional” no Brasil. “Procuradores e juízes, em especial, precisam de treinamento básico para ajudá-los a caminhar em direção a um sistema acusatório mais eficiente”, escreveu.

Agora veja o documento divulgado pelo WikiLeaks e traduza-o. Tente encontrar a informação sobre o presidente Lula que o porcalista dO Estado de São Paulo escreveu. Use o Google Translate [http://translate.google.com.br/] e conheça a verdade. Ela o libertará desta porcalhada velha mídia.

SIPDIS

FROM AMBASSADOR SHANNON FOR ATTORNEY GENERAL HOLDER

STATE FOR WHA, WHA/BSC, USOAS

E.O. 12958: N/A

TAGS: PREL KJUS KCRM JUS OAS BR

SUBJECT: SCENESETTER FOR THE FEBRUARY 23-26 VISIT OF ATTORNEY GENERAL ERIC HOLDER TO BRAZIL

¶1. (SBU) I want to warmly welcome you to Brazil for your visit to Rio de Janeiro and Brasilia, and to attend the 8th Meeting of Justice Ministers of the Americas (REMJA). The Government of Brazil (GOB) is enthusiastic that you have decided to attend the REMJA, and you will be eagerly received at your Brazil-specific meetings. Within the broader bilateral relationship, justice and law enforcement issues are among those with the greatest potential and where Brazil’s growing international clout can be significant as we seek to obtain our objectives in South America, in multilateral organizations, and increasingly in other regions of the world. At the same time, longstanding wariness in some sectors of Brazilian government and society with regard to U.S. dominance, motives, and actions continues to require careful handling as Brazil asserts itself on the global stage, and puts a premium on regular dialogue and sustained relationship-building. Nonetheless, the GOB remains genuinely interested in developing a deeper relationship with the Obama Administration, and your engagement with Brazilian government leaders will provide a significant boost to our efforts to pursue a closer partnership on law enforcement issues.

Brazil’s Rapid Ascendancy…

¶2. (SBU) Brazil is changing rapidly. Already one of the world’s top-ten economies before the financial crisis, the continuation of solid economic management and better-than-expected performance has brought Brazil out of the crisis earlier than most countries and in a relatively stronger position. In addition to its open and stable economy, Brazil’s ascendancy is being driven by solid democratic institutions, a competitive private sector, an ample resource base, and a government intent on reaching beyond Brazil’s traditional role as a leader of South America. While continuing to pursue stability among Brazil’s ten South American neighbors, President Luiz Inacio Lula da Silva and Foreign Minister Celso Amorim have spent seven years aggressively reaching out to Africa, the Middle East, and Asia, as well as taking a prominent role in global trade, climate change, nuclear non-proliferation, and economic discussions. With its increasing global economic and diplomatic prominence, U.S. law enforcement interests in Brazil are also increasing, as the growth in legal trade, travel, communication, and finance in and through Brazil bring with them increased opportunities for criminal exploitation.

…Is Coupled with Emerging Country Problems

¶3. (SBU) Brazil’s emergence on the global stage comes even as the country continues to face notable challenges at home, which also touch directly on U.S. law enforcement interests. Some 50 million Brazilians, mostly in the northeast, are among the poorest in Latin America, and the gap between rich and poor is among the highest in the world. Although many jurists are top-flight, Brazil’s judicial system is often described as dysfunctional, hobbled by overlapping jurisdictions, lack of training, stultifying bureaucracy, and overwhelming backlogs. Persistent and widespread corruption affects all three branches of government. Enforcement capability suffers from lack of training, bureaucratic rivalries, corruption in some agencies, and police forces too small to cover a country of almost 200 million inhabitants. The slums of Rio de Janeiro, São Paulo, and other major cities often have little government presence, opening them to exploitation by increasingly powerful criminal gangs. Murder rates in many Brazilian cities are ten times those in the most violent U.S. cities, and Brazil now ranks second only to the United States in consumption of cocaine, in addition to being a major transit point for drugs headed to the Europe and the United States.

Successful Cooperation on Law Enforcement…to a Point

¶4. (SBU) USG law enforcement agencies (LEAs) with a presence in Brazil all enjoy a cooperative and active relationship with Brazil’s Federal Police (DPF). Over the last several years, we have made a concerted effort to reach beyond traditional contacts to non-traditional executive branch agencies and non-executive branch partners, including state and municipal governments, legislators, the private sector, and civil society. We have made new inroads with the judiciary and prosecutors, and spearheaded landmark Mission programs aimed at bringing them together with police to address common law enforcement objectives. This outreach has paid dividends in opening new areas of cooperation with eager partners and in increasing the chances of arrests, prosecutions, and convictions in cases important to the United States.

¶5. (SBU) At the same time, our increasing cooperation has been viewed with caution by some political elements of the GOB, who are concerned to maintain an equal partnership between our two countries and protect Brazilian sovereignty. This has had the effect of limiting cooperation to operational levels, and has occasionally placed limitations on cooperation even at those levels. This divide between policy and operational levels has been most noticeable as we seek to help Brazil strengthen its borders against international organized crime; generally good cooperation at an operational level has been offset by a reluctance to engage at a policy level on common threats in South America.

Prospects for Enhanced Policy Cooperation Are Growing

¶6. (SBU) Over the last months, the prospects for deepening our partnership have improved considerably. Brazil is rethinking its security and law enforcement strategies as it prepares to host the soccer World Cup in 2014 in twelve separate venues, and as Rio de Janeiro begins preparations to host the summer Olympic Games in ¶2016. The worsening situation in Bolivia with respect to drug trafficking has led the GOB to consider ways of working more closely with the United States. And in addition to hosting the REMJA, Brazil will host the once-every-five-years UN Crime Control Conference in April, and has launched a candidate to head the UN Office on Drugs and Crime.

¶7. (SBU) Your visit comes as Brazil gets back to business after the Carnival break and before electoral races for the October elections for Brazil’s next president, most members of congress, and all state governors begin in earnest this June. Although a new government will take office January 1, 2011, I believe there is ample opportunity to strengthen our collaboration across the full range of security issues that will carry through from this government to the next.

¶8. (SBU) As you meet with Brazilian officials, I believe you will find them eager to increase our ties. Police, prosecutors and judges all require additional training, and we have been particularly attentive to ways in which we can foster cooperation among the different branches. Prosecutors and judges, in particular, need basic training to help them move toward a more efficient accusatory system, and need specialized training in specific areas of interest to the United States: gangs and organized crime, drugs, trafficking in persons, and money laundering.

¶9. (SBU) The presence of U.S. Law Enforcement Agencies (LEAs) in Brasilia has amply demonstrated its value to our interests. However, as Brazil’s global economic and political clout continues to grow, I expect that our needs in the law enforcement area will continue to rise. I am currently reviewing our law enforcement presence in Brazil, and will value your input on how we can best be equipped to effectively combat international crime, organized crime, drug trafficking and terrorism in partnership with Brazil.

SHANNON

Míriam Leitão atribui à FHC autoria intelectual do Plano Real

Hoje, 4/7, às 12h 40m, ouvindo a CBN, a rádio que TROCA a notícia, sob ancoragem de Sardenberg, a urubóloga (PHA) resolveu apresentar sua versão sobre a história embrionária do Plano Real. Itamar jazz em sono eterno e já não pode mais dizer “isso aí não é verdade!” então ela aproveitou pra dizer que o mentor intelectual do Plano Real foi FHC. Este, cujo ego não cabe em si, e tem sua data de aniversário prolongada pela velha mídia, também quer ser o autor intelectual do Plano. Mas o papel da Míriam foi de dar nó na língua tentando provar o improvável e fez de Itamar um boneco mecânico diante da sagacidade intelectual de FHC. Disse ela que Itamar dependia muito das opiniões do então ministro da fazenda e nada era feito sem isso. O mercado confiava mais no ministro que no presidente e nem o PSDB queria que FHC assumisse o posto de ministro da fazenda por ser de curto período.

Eu ouço, mas confesso sentir um asco de nojo e indignação. É muita cara de pau!